A melhor e a pior parte de mim vivem dentro de mim
11:28
Os tempos difíceis na política do Brasil e do mundo fazem com que a gente se sinta até egoísta por dar importância demais aos nossos problemas cotidianos. Mas não adianta, ninguém além de nós mesmos vive a vida que a gente vive, e a dimensão dos sentimentos sempre é maior para quem vê de dentro.
Términos e recomeços sempre existiram, mas a gente custa a se acostumar com esse tipo de coisa. Talvez por medo, já que somos seres humanos e os seres humanos adoram se sentir acostumados com as coisas. Às vezes, um término significa mudar de casa, de emprego, de cidade, ou só mudar de hobbies e encontrar novas distrações. Não importa qual seja o seu caso, todos eles incomodam um pouco e sempre bate aquele terror, mesmo que no fundo a gente saiba que está tudo bem e que daqui a dois meses tudo vai estar OK, ou melhor que antes, até. Felizmente, essas mudanças sempre trazem bons presságios, a curto ou longo prazo. Os meus favoritos, são a possibilidade de se conhecer melhor, de passar mais tempo consigo mesmo e de se sentir livre para fazer exatamente aquilo que quer fazer.
É tão gostoso olhar pela luz da janela e perceber que a tristeza está passando, e aquela sensação de alívio está ocupando, aos poucos, o lugar daquele disfarce de “tá tudo bem” que carregamos por dias. Voltar a aproveitar, com a cabeça e o peito aberto, todas as pequenas sensações do dia a dia, é recompensador.
Até poucos dias atrás, eu olhava para aqueles dias e dizia que eram tempos de tranquilidade que antecederam a guerra. Agora eu tô com uma mania de querer ficar bem longe de retrospectivas e olhar para frente, só para frente!
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